Com volume 33.382 lotes em NY, 4.285 lotes a mais do pregão anterior tendo volatilidade histórica de 18,30 cents, o dezembro fechou em alta de 3,55 cents (0,28%) em 397,45 cents, variando 15,65 cents, menor volatilidade da semana, de 386,25 cents a 401,90 cents, sem força para romper o primeiro suporte em 385,02 cents e primeira resistência em 403,32 cents. A margem invertida dezembro/março aumentou para 21,85 cents ante a 20,40 cents do pregão anterior.
Durante a semana acumulou alta de 24,40 cents (6,5%), com volume médio de 38.043 lotes, variando 45,30 cents, de 373,20 cents a 418,50 cents. Os estoques certificados diminuíram 26.673 sacas para 467.110 sacas, com outras 5.580 sacas esperando certificação, tendo queda na semana de 42.273 sacas. Nos últimos 20 pregões, acumulam queda 187.115 sacas (28,8%).
Com baixo volume de 10.471 lotes em Londres, 3.471 lotes a menos do pregão anterior tendo uma volatilidade de US$ 170/t. O novembro fechou em queda de US$ 62 (1,36%) a US$ 4.552/t, varia US$ 167, de US$ 4.496/t a US$ 4.633/t. Durante a semana acumulou alta de US$ 72, com volume médio diário de 14.464 lotes e a variação de US$ 220, de US$ 4.450/t a US$ 4.670/t. A diferença de preço entre NY e Londres aumentou para 190,97 cents ante a 184,52 cents do pregão anterior.
Segundo o gráfico técnico da Economies.com desta semana, o preço do café aproveitaram a estabilidade do nível de suporte em 371,00 cents para começar a se ativar com os principais indicadores, formando um forte rally de alta para superar a resistência inicial em 390,25 cents, alcançando novos ganhos com sua estabilidade próxima a 400,00 cents, (durante os cinco pregões da semana, ultrapassou 400,00 cents em quatro deles). A continuação da pressão positiva nos faz preferir mais as tentativas de alta, aguardando o nível de 414,25 cents, (nesta semana atingir 418,50 cents), em seguida, na busca o topo recentemente alcançado em 424,00 cents em 17 de setembro.
Nesta sexta-feira, foi mais um pregão em que o contrato futuros de café arábica da bolsa de NY no dezembro tentou ser manter acima de 400 cents, chegando a operar no intraday acima de 400 cents pelo quarto pregão consecutivo na semana e como todos com forte volatilidade, mas com variação bem abaixo da média que atingiu 20,00 cents nos últimos cinco pregões, segunda-13,90 cents, terça-23,85 cents, quarta-28,35 cents e quinta-18,30 cents e sexta-15,65. Nesta semana, dezembro teve a variação de 45,30 cents, com a mínima de 373,20 cents na segunda-feira e 418,50 cents na quarta-feira.
A melhor definição para o mercado nesta semana seria "cabo de guerra", esporte no qual duas equipes competem puxando extremidades opostas de uma corda, tendo como ponto central o nível de 393,00 cents com "briga" intensificada nos últimos três pregões entre os participante do mercado de café arábica em NY, chegando a uma volatilidade de 12,2% (45,30 cents), incrível variação média diária de 20 cents tendo como o vencedor até agora, os grandes fundos de investimentos, os chamados "tubarões"
Esta semana foi a continuidade do rally iniciado há 18 pregões ( 24/09) quando os "vendidos" e especuladores de "plantão" pressionaram o mercado e conseguiram romper o nível de 350 cents, fazendo a mínima de 349,45 cents, trazendo de volta ao mercado os chamados "tubarões" , que defenderam as suas 59 mil posições compradas, segundo o último relatório da CFTC do dia 23/09. Hoje tais players devem estar com mais de 65 mil lotes comprados (o recorde histórico está em torno de 73 mil lotes). Depois de sete pregões do início do rally, o nível foi para 390 cents, incrível recuperação de 40 cents e nos pregões seguintes, tivemos uma performance de "montanha russa", no intervalo de 370 cents a 390 cents.
Com a queda constante e diária dos estoques de certificados bem acima do esperado, 29% nos últimos 20 dias, foi acionado pelos grandes fundos de investimentos o alerta de "aversão ao risco", com o radar focado na forte escassez de café no mercado stop, em um cenário atento às notícias das conversações entre os presidentes dos Estados Unidos e do Brasil sobre a questão das tarifações. A semana começou em 373 cents, chegando, na quarta-feira, a 418,50 cents, o terceiro maior nível da história, em véspera da reunião de entre o Brasil e EUA.
O resultado do encontro foi um "balde de água fria" para vários setores do mercado, principalmente os traders, com o Brasil e EUA soltando uma simples nota conjunta sobre "trabalho para o futuro", marcando nova reunião somente para novembro. Depois dessas intensas "brigas", a semana terminou em 398 cents, petrificando um novo divisor de água no mercado em 393 cents.
Esse é um novo divisor de água, 1.180 cents do divisor anterior, porque há 11 meses tivemos outro divisor no nível em 275 cents, quando o mercado operou em "montanha russa" por meses entre 245 cents a 265 cents e, quando finalmente ultrapassou os 275 cents, foi iniciado um dos maiores rallies da história, rompendo 300 cents, 350 cents, 400 cents e atingindo, depois de quatro meses, o recorde histórico de 429 cents em fevereiro.
No atual momento a situação está bem mais complicada que há 11 meses, com a safra brasileira de 2025/2026 menor que a de 2024/2025, estoques remanescente menores da história (praticamente zerados), refletindo em forte queda de 20% dos embarques do Brasil nos três primeiros meses da safra 2026/2027, que deve gerar um déficit mundial de dezenas de milhões de sacas nos próximos anos.
Segundo o Escritório Carvalhees, "as incertezas climáticas, que seguem afetando a produção do Brasil e dos demais principais países produtores, os baixos estoques globais, a expressiva queda em 2025 dos embarques de café do Brasil, maior produtor e exportador mundial, e os embates políticos entre as principais economias do mundo, geram insegurança aos operadores de mercado e à cafeicultores e industriais."
Além desses enormes problemas que estão trazendo insegurança ao mercado, o aumento de 4 milhões de sacas por ano no consumo mundial está gerando desequilíbrio crescente entre a "oferta e consumo". Para manter tal equilíbrio há necessidade de aumentar o parque cafeeiro mundial em 150 mil hectares por ano, o que equivale a 1/4 do parque cafeeiro do Vietnã.
Se no ano passado, quando o "divisor de águas" estava em 275 cents e depois de quatro meses chegou a 429 cents, agora, com todos esses problemas, a grande pergunta atual do mercado é: a que nível deve chegar os preços em NY com o novo "divisor de águas" em 393 cents?
Segundo um grande especialista, o mercado é soberano, deve buscar um ponto de equilíbrio, que deve estar bem acima do atual preço, patamar jamais imaginado pelo mais otimista participante do mercado.
Data: 18/10/2025 15:09 Nome do Usuário: Geraldo Augusto Ferreira Comentário: Leio todos seus artigos, mercado é soberano mas precisamos de informações que nos ajude a ter mínimo de noção na hora de vender o nosso produto. Obrigado, continue a nos ajudar .
Data: 18/10/2025 08:58 Nome do Usuário: Honorato A.b Comentário: Parabéns pelo seu trabalho de ajudar nos cafeicultores pena que poucos tem paciência de ler seus comentários 👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻