Trump planeja anunciar medidas para reduzir tarifa do café, diz Bessent
O secretário do Tesouro, Scott Bessent, indicou que o governo Trump em breve anunciará reduções nas tarifas de importação sobre café, bananas e outros alimentos — uma medida tomada após a revolta dos eleitores com o custo de vida resultar em reveses para os republicanos nas eleições estaduais da semana passada.
“Vocês verão alguns anúncios significativos nos próximos dias em relação a produtos que não cultivamos aqui nos Estados Unidos — café é um deles, bananas, outras frutas, coisas desse tipo”, disse Bessent nesta quarta-feira, em entrevista à Fox News.
O chefe do Tesouro não especificou se estava se referindo a reduções tarifárias nem quais países seriam incluídos, tampouco se a medida seria voltada a produtos específicos de várias nações. A Casa Branca, o Escritório do Representante de Comércio dos EUA e o Departamento do Tesouro não responderam imediatamente a pedidos de comentário.
Bessent, no entanto, disse que as medidas têm como objetivo oferecer alívio temporário nos preços. Ele acrescentou que o presidente Donald Trump continua focado em aumentar os salários reais — ajustados pela inflação — como principal forma de aliviar a pressão sobre as famílias.
Na terça-feira, também falando à rede de tv Fox News, Trump indicou que seu governo deve baixar tarifas de importação do café como forma de baratear o produto para os americanos. Essa medida favoreceria a negociação comercial em curso entre Brasil e EUA.
Desde que estabeleceu uma taxação de 50% para produtos brasileiros como o café, o produto está mais caro para os americanos, pressionando a inflação nos EUA. O Brasil é o maior produtor e exportador do grão e responsável pelo abastecimento de boa parte do mercado americano.
No vídeo da entrevista, publicado no site da Fox News na noite de terça-feira, ele indica que deve reduzir "algumas tarifas" sobre o produto, o que pode significar colocá-lo na já longa lista de exceções ao tarifaço contra o Brasil. No entanto, Trump — que determinou a abertura de negociações comerciais com o Brasil após encontrar-se com o presidente Lula no fim do mês passado — não citou o país especificamente.