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Jeffrey Sachs: café enfrenta crise real de sustentabilidade


Leia, na sequência, editorial do jornal El Colombiano.


O Fórum de Produtores de Café contratou o renomado professor da Universidade de Columbia, Jeffrey Sachs, para diagnosticar o alarmante estado da cafeicultura, resultando em um estudo contundente (Jeffrey Sachs et al., Garantindo a Viabilidade Econômica e a Sustentabilidade da Produção de Café). Sua principal conclusão é um apelo urgente para que os países produtores e os comerciantes tomem medidas eficazes.

É preocupante constatar como um produto que desempenhou um papel tão vital na formação da sociedade e da economia colombianas pode estar em uma situação tão crítica. O café perdeu espaço no PIB e nas exportações do país como consequência natural do processo de desenvolvimento que levou a uma economia mais complexa e diversificada, mas a possibilidade de perder a própria cultura é uma questão muito diferente.

O risco é real, segundo Sachs. A produção global de café enfrenta uma crise de sustentabilidade decorrente de diversos fatores. O primeiro deles é econômico. Desde 2014, o preço internacional dos grãos de café caiu 50%, empobrecendo os cafeicultores. É paradoxal que, enquanto os produtores são arruinados, o preço para o consumidor aumenta, o que significa que o produtor recebe uma fração cada vez menor do preço de varejo.

Outro fator é a mudança climática e seus efeitos na produção de café. A produção já está sendo afetada em algumas áreas onde ocorreram distúrbios climáticos, e espera-se que o aquecimento global prejudique a adequação do produto em muitas regiões, afetando a qualidade dos grãos e aumentando a incidência de doenças. Nessas condições, os cafeicultores precisam reduzir os custos com mão de obra, o que leva ao empobrecimento dos trabalhadores rurais assalariados.

Nesse cenário sombrio, apenas a produção de café em alguns países altamente produtivos, como o Brasil e o Vietnã, conseguiu prosperar e gerar lucro. Esses produtores competem com cafés de alta qualidade com denominação de origem, o que lhes permite obter um preço mais favorável no mercado.

Assim, a indústria global do café se encontra em uma encruzilhada, segundo Sachs e seus colegas. Será que a indústria cafeeira continuará seguindo o caminho das práticas comerciais tradicionais, fazendo apenas esforços limitados e incrementais em prol da sustentabilidade, o que levaria à concentração da produção e representaria um alto risco para o abastecimento? Ou os produtores farão esforços conjuntos para alcançar um futuro sustentável e próspero para si mesmos e para o setor?

O plano de ação de Sachs é um apelo por uma resposta consensual à crise do café. O ponto crucial é que a estrutura atual da indústria cafeeira não beneficia todos os produtores. Para mudar isso, Sachs propõe o desenvolvimento de planos nacionais de produção sustentável de café, que visam essencialmente apoiar os cafeicultores em diversas áreas (seguros, acesso a mercados, assistência técnica e ambiental, entre outras) para promover a produção sustentável; e a criação de um Fundo Global financiado por participantes do mercado para investir na cafeicultura sustentável e encontrar soluções que permitam aos produtores capturar uma parcela maior do preço de varejo.

A Colômbia tem café de alta qualidade, mas essa é uma condição necessária, porém insuficiente. Os países produtores que não aumentarem sua produtividade e resiliência às mudanças climáticas serão forçados a sair do mercado. Fomos avisados.

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