Dilúvio no Vietnã pega grandes investidores de "calça bem curta"
Por José Roberto Marques da Costa
Com o baixo volume 17.990 lotes, 5.082 lotes a menos do pregão anterior, quando teve a volatilidade de 13,05 cents, o março fechou com alta de 1,80 cents ( 0,48% ) a 376,65 cents, variou de 7,40 cents, de 374,45 cents a 381,85 cents, sem força para buscar o primeiro suporte em 369,95 cents e a primeira resistência em 383,00 cents. A margem invertida janeiro/março caiu para 166,59 cents, ante a 170,00 cents do pregão anterior, faltando 1.690 contratos abertos ( 478.270 sacas) para serem rolados. Os estoques certificados diminuíram 1.678 sacas, para 398.645 sacas, esperando certificação 48.057 sacas
Com fortíssimo volume de 25.029 lotes em Londres, 7.105 lotes a mais do pregão anterior quando teve volatilidade de US$ 115/t. O janeiro fechou em alta de US$ 115 ( 2,5%) a US$ 4.631/t, variou US$ 177, de US$ 4.512/t a US$ 4.689/t, chegando a romper duas resistências em US$ 4.584/t e US$ 4.652/t, faltando apenas US$ 10 pra atingir a terceira. A diferença de preço entre março em NY e janeiro em Londres caiu para 166,59 cents ante a 170,00 cents do pregão anterior.
Desde segunda-feira, o mercado continua completamente focado na catástrofe nas regiões cafeeira do Vietnã que deve mudar todo o panorama do mercado no curto e médio prazo e naturalmente as variações dos contratos futuros do robusta deve contaminar os contratos futuros do café arábica.
As fortes chuvas atrasam a colheita em Dak Lak, a maior província produtora de café do Vietnã, e novas precipitações ameaçam danificar ainda mais as plantações e reduzir a produção no maior produtor mundial de grãos de robusta pegaram os grandes investidores principalmente da bolsa de Londres, de "calça bem curta" devido ao grande estrago que está causando nos cafezais do país.
Até a semana passada, em plena da colheita estimada em mais 30 milhões de sacas, e tem o suporte IA ( inteligência Artificial ) tudo indica que os preços dos cafés robustas em Londres seriam pressionados com grande possibilidade do janeiro começar operar no menor nível desde últimos 90 dias nesta semana, abaixo de US$ 4.000 a tonelada, a mínima chegou a US$ 4.134/t na sexta-feira (14) com toda suas estratégicas futura baseadas nestes dados.
Mas apareceu uma "pedra" no meio do caminho, na realidade, vou modificar um palavra da frase de Carlos Drumnont de Andrade, apareceu uma " grande rocha" no meio do caminho, que deve mudar tendência do mercado no curto e médio prazo. Hoje é quarto dia do dilúvio, com provável queda da produção podendo chegar a milhões de sacas (mencionar números nesta semana é mera especulação), e posso adiantar, ainda não caiu "ficha" para o mercado.
Com o dilúvio desta semana, com chuvas de mais 1.500 mm nos últimos 3 dias nas principais regiões de café do Vietnã todas estas estratégicas começou a ser modifica, o volume altíssimo de mais de 25 mil lotes hoje já faz parte desta mudanças, devido a uma provável queda de produção deste ano, ainda não mensurável, mas deve ser grande. Atenção deles está voltada nos radar meteorológicos para os próximos dias que está indicando mais chuvas, que podendo durar até o final do mês.
Tudo está indicando que janeiro deve começar a operar acima de US$ 4.700/t amanhã, hoje a máxima foi US$ 4.689/t e deve contaminar os contratos de café futuros de arábica em NY com o diferencial entre NY e Londres entre janeiro e março se mantendo em 170 cents, a valorização de Londres deve refletir automaticamente em NY. Além da colheita completamente parada e quebra da safra, a qualidade do grãos de café robusta do país já está seriamente comprometida.
Os níveis da água continuam subindo em cidades e vilarejos já inundados com precipitação ultrapassando 1.500 mm em diversas partes do centro do Vietnã nos últimos três dias. A região abriga um importante polo de produção de café, mas é altamente suscetível a tempestades e inundações. As inundações e os deslizamentos de terra também deixaram morte e desaparecimento de pessoas e inundaram mais de 43.000 casas e mais de 10.000 hectares de plantações, de acordo com o relatório da agência governamental de gestão de desastres.