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Expectativa é de normalização de contratos de exportação de café com EUA


Santos, sexta-feira, 21 de novembro de 2025


Ontem, dia 20, quinta-feira, feriado nacional no Brasil, o governo americano anunciou uma nova lista de produtos brasileiros que terão a tarifa de 40% retirada em nossas exportações para os EUA. A medida beneficia o café e diversos outros produtos que foram adicionados à lista de exceções do tarifaço imposto ao Brasil pelo presidente norte-americano, Donald Trump. A medida vale para exportações que entraram nos Estados Unidos a partir do último dia 13 de novembro. Essas informações chegaram ao mercado brasileiro no final da tarde de ontem. É uma excelente notícia. A manutenção do tarifaço de 40% sobre a compra de nossos cafés pelas indústrias e importadores americanos era uma jogo de perde/perde. Era fortemente prejudicial aos produtores brasileiros e aos consumidores americanos. Daqui para a frente poderemos normalizar os contatos e exportações com nossos tradicionais clientes americanos, uma relação de negócios e amizade mais que centenária.

Infelizmente nosso café solúvel ficou fora dessa lista e continua apenado com a tarifa de 40% nas vendas para os EUA, o maior comprador do solúvel brasileiro, que antes do tarifaço importava do Brasil um terço de seu consumo doméstico. As negociações para retirar o tarifaço do solúvel brasileiro vão continuar.

Em nossa opinião, Os demais fundamentos do mercado de café continuam os mesmos: incertezas climáticas, que seguem afetando a produção de café no Brasil e nos demais principais países produtores, e os baixos estoques globais, com o Brasil, maior produtor e exportador mundial, além de segundo maior consumidor, sem estoques remanescentes, tendo colhido em 2025 uma safra menor do que a projetada inicialmente, frustrando assim os cálculos e análises do mercado internacional. Além desse quadro, nossas regiões produtoras de café, já sofreram em 2025 com diversos problemas climáticos, que devem impactar nossa produção de café em 2026.

Com a retirada dos 40% de tarifas sobre as exportações brasileira de café para os EUA, as cotações dos contratos de café na ICE Futures US, em Nova Iorque, e na ICE Europe, em Londres, abriram o pregão hoje em forte baixa. Recuperaram as bases ao longo do dia, fechando com quedas mais moderadas.

Na ICE Futures US, os contratos para março próximo oscilaram 2.340 pontos entre a máxima e a mínima, batendo, na máxima do dia, em US$ 3,7505, em queda de 160 pontos. Fecharam o dia valendo US$ 3,6945 por libra peso, com perdas de 720 pontos (1,91%). Ontem subiram 180 pontos (0,48%) e anteontem caíram 1.285 pontos (3,31%). Na terça-feira tiveram alta de 1.110 pontos (2,95%) e na segunda ganharam 260 pontos (0,69%). Somaram queda nesta semana de 455 pontos (1,22%). Caíram na semana passada 1.185 pontos (3,07%) e subiram na semana anterior à passada 1.360 pontos (3,65%). No mês de outubro esses contratos somaram alta de 1.330 pontos (3,71%). Em 2025, até o fechamento desta sexta-feira, dia 21, estes contratos para dezembro próximo somam alta de 9.320 pontos ou 32,30%.

Na ICE Europe, os contratos para janeiro próximo, bateram hoje na máxima do dia em 4.525 dólares por tonelada, em queda de 106 dólares. Fecharam o pregão a 4.506 dólares, em queda de 125 dólares (2,70%) por tonelada. Ontem subiram 115 dólares (2,55%) e anteontem caíram 57 dólares (1,25%). Na terça-feira subiram 90 dólares (2,01%) e na segunda-feira ganharam 260 dólares (6,16%). Esses contratos somaram alta nesta semana de 283 dólares (6,70%) e caíram na semana passada 425 dólares (9,15%). Subiram na semana anterior à passada 108 dólares (2,38%). Subiram no último mês de outubro 354 dólares (8,46%) por tonelada.

Hoje os estoques de cafés certificados na ICE Futures US caíram 1.678 sacas. Estão em 398.645 sacas. Há um ano eram de 893.325 sacas, caindo nesse período 494.680 sacas. Somaram queda nesta semana de 4.545 sacas e 14.288 sacas na semana passada. Recuaram 14.250 sacas na semana anterior à passada. Acumularam perdas no mês de outubro de 138.209 sacas e de 140.279 sacas no mês de setembro. No mês de agosto recuaram 60.425 sacas e no mês de julho 70.552 sacas. Em 2025, até esta sexta-feira, dia 21, os estoques certificados pela ICE Futures US, recuaram 59,32%, acumulando queda de 581.322 sacas.

O dólar subiu hoje 1,20%, fechando a semana a R$ 5,4020. Fechou a sexta-feira passada a R$ 5,2970 e a sexta-feira anterior à passada a R$ 5,3360.

Em reais por saca, os contratos para março próximo na ICE Futures US fecharam hoje valendo R$ 2.640,00. Encerraram a última sexta-feira a R$ 2.620,57 e a sexta-feira anterior à passada a R$ 2.723,51.

No mercado físico brasileiro, com o forte “sobe e desce” diário das cotações em Nova Iorque e Londres, as bases de preços dos compradores flutuam no dia a dia. Hoje o mercado físico brasileiro apresentou-se paralisado, sem negócios. Saíram poucos negócios no decorrer da semana, com poucos vendedores nas bases oferecidas pelos compradores. O volume de vendas continua abaixo do usual para esta época do ano. As fortes e rápidas oscilações nos contratos de arábica e robusta dificultam a formação de preços e o fechamento de um volume maior de negócios. Há grande interesse comprador para todos os padrões de café.

Até dia 21, os embarques de novembro estavam em 1.530.471 sacas de café arábica, 134.999 sacas de café conilon, mais 132.861 sacas de café solúvel, totalizando 1.798.331 sacas embarcadas, contra 1.903.101 sacas no mesmo dia de outubro. Até o mesmo dia 21, os pedidos de emissão de certificados de origem para embarque em novembro totalizavam 2.246.063 sacas, contra 2.349.526 sacas no mesmo dia do mês anterior.

A bolsa de Nova Iorque – ICE, do fechamento do dia 14, sexta-feira, até o fechamento de hoje, caiu nos contratos para entrega em março próximo 455 pontos ou US$ 6,02 (R$ 32,51) por saca. Em reais, as cotações para entrega em março próximo na ICE, fecharam no dia 14 a R$ 2,620,57 por saca, e hoje sexta-feira, a R$ 2,640,00. Hoje, nos contratos para entrega em março, a bolsa de Nova Iorque fechou em baixa de 720 pontos.


Escritório Carvalhaes

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Contrato Cotação Variação
Março 369,45 - 7,20
Maio 352,25 - 7,25
Julho 337,60 - 6,75
Contrato Cotação Variação
Janeiro 4.506 - 125
Março 4.353 - 125
Maio 4.269 - 125
Contrato Cotação Variação
Março 457,80 - 5,15
Maio 443,00 - 6,70
setembro 388,50 -10,05
Contrato Cotação Variação
DXY 100,12 + 0,03
Dólar 5,4010 + 1,13
Euro 6,2180 + 1,11
Ptax 5,3902 + 1,04
  • Varginha
    Descrição Valor
    Certificado 15% R$ 2440,00
    Safra 25/26 20% R$ 2410,00
    Peneira14/15/16 R$ 2500,00
    Duro/riado/rio R$ 1900,00
  • Três Pontas
    Descrição Valor
    Safra 25/26 18% R$ 2410,00
    Miúdo 14/15/16 R$ 2370,00
    Certificado 15% R$ 2430,00
    Duro/riado/rio R$ 1900,00
  • Franca
    Descrição Valor
    Cereja 20% R$ 2460,00
    Safra 25/26 15% R$ 2420,00
    Moka R$ 2300,00
    Duro/Riado 15% R$ 2030,00
  • Patrocínio
    Descrição Valor
    Peneira 17/18 R$ 2600,00
    Rio com 20% R$ 1650,00
    Safra 25/26 15% R$ 2420,00
    Safra 25/26 30% R$ 2390,00
  • Garça
    Descrição Valor
    Escolha kg/apro R$ 28,00
    Safra 25/26 20% R$ 2400,00
    Safra 25/26 30% R$ 2370,00
    Duro/Riado 15% R$ 2010,00
  • Guaxupé
    Descrição Valor
    Safra 25/26 15% R$ 2420,00
    Safra 25/26 25% R$ 2400,00
    Duro/riado 20% R$ 2000,00
    600 defeitos R$ 2270,00
  • Indicadores
    Descrição Valor
    Cepea Arábica R$ 2181,70
    Cepea Conilon R$ 1347,28
    Conilon/Vietnã R$ 1450,00
    Agnocafé 24/25 R$ 2420,00
  • Linhares
    Descrição Valor
    Conilon T. 6 R$ 1360,00
    Conilon T. 7 R$ 1350,00
    Conilon T. 7/8 R$ 1340,00