Cooperativa cafeeira retoma negócios com mercado norte americano
O Brasil, um dos maiores produtores de café do mundo, enfrentou recentemente desafios no comércio internacional após a implementação de tarifas pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros.
O café ganhou destaque nas negociações comerciais entre os dois países após ser incluído e, posteriormente, retirado da lista de produtos taxados.
Carlos Augusto, presidente da Cooxupé (Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé), revelou o impacto significativo que as tarifas tiveram nas exportações da cooperativa, mas pontou que os negócios já estão sendo retomados.
Com o fim do tarifaço para o café brasileiro, a Cooxupé já começou a recuperar sua participação no mercado americano, embora em ritmo mais lento do que antes.
"Ainda está caminhando de uma maneira devagar, mas já fizemos negócios a partir da deliberação das tarifas", disse.
Segundo ele, no período entre 6 de agosto e 10 de novembro do ano passado, a Cooxupé exportou cerca de 385 mil sacas de café para os Estados Unidos. No mesmo período deste ano, sob efeito das tarifas, esse número caiu para 35 mil sacas.
Augusto também manifestou confiança de que o Brasil voltará a ser o grande fornecedor de café para os Estados Unidos, destacando a competitividade e a qualidade do produto nacional.
Quanto aos desafios futuros para o setor cafeeiro, o presidente da Cooxupé apontou as questões climáticas como principal preocupação.
As condições meteorológicas têm influenciado diretamente a oferta e, consequentemente, os preços do café no mercado internacional. Carlos Augusto explicou que, apesar da recente melhora nas condições climáticas, ainda é cedo para fazer previsões definitivas sobre a próxima safra.
Em relação aos preços, o executivo comentou que estes devem permanecer nos patamares atuais no curto prazo, com possibilidade de queda caso o Brasil tenha uma safra maior.
No entanto, ele ressaltou que a recuperação dos cafezais não ocorre em apenas um ano e que a próxima safra, embora melhor que a anterior, não será excepcionalmente grande.
"O café nunca deixará de ser consumido, é a segunda maior bebida consumida depois da água. E o mundo está crescendo o consumo de café, a nível de jovens, dos nichos de cafés que hoje são tomados", destacou Carlos Augusto