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Turismo no Caparaó: Café para turista ver e se deliciar


O Caparaó Capixaba está se tornando famoso no Brasil pelos cafés especiais da região. Os produtores investem, inclusive, em cafeterias charmosas para divulgar seus produtos, que têm ganhado prêmios nacionais e internacionais.

Turistas de várias partes do Brasil e de outros países procuram a região exclusivamente para conhecer os cafezais e a história das famílias que se dedicam a produzir grãos de alta qualidade.

A fama do café do Caparaó chegou até ao outro lado do mundo. Japoneses vêm em excursão para conhecer as propriedades e adquirir os melhores cafés, que são vendidos em cafeterias do Japão.

O produtor rural José Alexandre Lacerda, do sítio Forquilha do Rio, distrito de Pedra Menina, em Dores do Rio Preto, contou que já recebeu 36 delegações vindas de 15 países, como Japão, Austrália, Estados Unidos e Alemanha.

“Hoje, metade dos turistas que passam por Pedra Menina vem por causa, exclusivamente, do café”, disse o comerciante Felipe Lacerda Pirovani, 28, filho de agricultores.

O boom de turistas atrás do café especial tem animado donos de pousadas, que organizam roteiros pelos cafezais. Os turistas conhecem as lavouras e todo o processo, da colheita até a torra.

Além da busca pela excelência na produção, os produtores do Caparaó contam com diferenciais como a baixa temperatura e a altitude elevada. Algumas lavouras chegam a estar a 1.400 metros acima do nível do mar.

Certificação

Agora, os produtores trabalham para conseguir a indicação geográfica, um reconhecimento junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) de que o café produzido na região possui um padrão único.

O processo é articulado pela Caparaó Júnior, uma associação formada por alunos do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes) de Alegre, que tem dado assistência aos produtores com o objetivo de aumentar a qualidade do café.

Segundo Carlos Dutra Barbosa, articulador da Caparaó Júnior, o selo vai agregar mais valor ao café produzido na região.

Passeio da colheita até a xícara

A região do Caparaó Capixaba (Arte: André Felix)

A região do Caparaó Capixaba (Arte: André Felix)

Se até há pouco tempo o turismo no Caparaó se resumia às cachoeiras e à cadeia de montanhas, com destaque para o Pico da Bandeira, atualmente o café já virou uma atração por si só.

Há até roteiros trabalhados por donos de pousadas e de propriedades rurais, de visitas aos cafezais, como é o caso do Sítio Santa Rita, situado entre o distrito de Pedra Menina, em Dores do Rio Preto, e a cidade mineira de Espera Feliz.

“É uma visita monitorada, com explicações sobre toda cadeia produtiva do café especial. Nós apresentamos a propriedade, do pé à xícara de café”, destacou a gerente do sítio, Miriam Ayres.

O roteiro dura cerca de duas horas e pode ser feito com grupos a partir de duas pessoas a até 10 visitantes por vez.

“Aqui nós apresentamos a história do café na região, na visão de meu pai, que viveu e vive tudo isso. Os visitantes também conhecem a lavoura, aprendem sobre a planta, tempo de maturação e colheita”.

O turista também conhece o processo da pós-colheita – depois que os grãos são retirados do pé – e, ao final, pode degustar cafés especiais e bolos servidos na cafeteria do sítio. O passeio custa R$ 80 por adulto e R$ 40 para crianças de até 12 anos.

Recentemente, o sítio realizou o Terceiro Café Rock, que reuniu centenas de pessoas de vários estados. O evento lotou as pousadas da região.

Em 2017, outra atividade movimentou a região. O Conexão Café, realizado pelo Armazém Caparaó, reuniu centenas de pessoas, entre produtores, especialistas e apaixonados por café, para assistir palestras, concursos e shows. Neste ano, o evento será em novembro.

O barista Fred Ayres em cafeteria no Sítio Santa Rita: cafezinho de graça para ciclistas (Foto: Alessandro de Paula)

Cafeterias dão charme à região

Nos últimos anos, cafeterias começaram a se espalhar pela Região do Caparaó, algumas delas dentro das propriedades, bem perto dos cafezais. Outras estão situadas nas estradas ou nas cidades, dando um charme especial à bela região montanhosa.

Uma das mais antigas é a cafeteria Villa Januária, anexa a uma pousada que tem o mesmo nome, no distrito de Pedra Menina, em Dores do Rio Preto, a oito quilômetros da portaria do Parque Nacional do Caparaó.

Criada em 2004 pela empresária Cecília Nakao para atender os clientes da pousada e divulgar os cafés produzidos na região, a cafeteria tem uma linda vista do Vale do Paraíso.

Outras quatro atuam nesse distrito: a Cafeteria Onofre, onde se encontra o café Forquilha do Rio; o Bistrô Café, no Centro; A Cafeteria – no Sítio Santa Rita, entre Pedra Menina e Alto Caparaó (MG); e a Casa do Lago, uma pizzaria e
cafeteria situada na chegada do parque.

A Casa do Lago, como o próprio nome diz, é um casarão de estilo rústico situado próximo a uma lagoa, com variedades de cafés selecionados, sobremesas, pizzas e outros pratos.

A Cafeteria é administrada pelo barista Fred Ayres. Como estímulo ao esporte, o visitante que chega ao sítio de bicicleta não paga o café. Não raro, grupos de ciclistas vão visitar o local.

O comerciante Felipe Lacerda Pirovani, 28, disse que viu o potencial e investiu na cafeteria Bistrô, que se diferencia por funcionar o dia inteiro, das 6 às 22 horas.

A mais nova cafeteria da região, aberta no dia 7 de abril, é a Varanda Café e Prosa, no centro de Guaçuí, administrado por Carlos Diego Gonçalves Manhabusque, 33, mais conhecido como Kaká, e sua mulher, Lívia, 29.

“Sou criado em terreiro de café. Sempre fui apreciador da bebida. Então, eu e minha esposa decidimos abrir a cafeteria, com a ideia de um ambiente aconchegante para divulgar o café especial e a cultura da boa leitura”, disse Kaká.

Além de deliciosos cafés e sobremesas, como o frappuccino e o grand gateau, a casa oferece livros para os clientes.

Fonte: Tribuna Online

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Contrato Cotação Variação
Julho 221,90 - 5,75
Setembro 220,10 - 5,65
Dezembro 218,60 - 5,35
Contrato Cotação Variação
Julho 4.117 - 16
Setembro 4.044 - 21
Novembro 3.924 - 35
Contrato Cotação Variação
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Setembro 266,60 - 8,50
Dezembro 263,00 - 7,75
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  • Varginha
    Descrição Valor
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    Safra 22/23 20% R$ 1310,00
    Peneira 15/16 R$ 1360,00
    Duro/riado/rio R$ 1210,00
  • Três Pontas
    Descrição Valor
    Safra 22/23 25% R$ 1300,00
    Duro/riado/rio R$ 1240,00
    Peneira 17/18 R$ 1380,00
    Safra 22/23 15% R$ 1320,00
  • Franca
    Descrição Valor
    Safra 22/23 25% R$ 1320,00
    Cereja 20% R$ 1340,00
    Safra 22/23 15% R$ 1320,00
    Duro/Riado 15% R$ 1260,00
  • Patrocínio
    Descrição Valor
    Safra 22/23 15% R$ 1320,00
    Safra 22/23 25% R$ 1300,00
    Peneira 17/18 R$ 1380,00
    Variação R$ 1330,00
  • Garça
    Descrição Valor
    Safra 22/23 20% R$ 1310,00
    Safra 22/23 30% R$ 1290,00
    Duro/Riado 30% R$ 1250,00
    Escolha kg/apro R$ 15,80
  • Guaxupé
    Descrição Valor
    Safra 22/23 15% R$ 1320,00
    Safra 22/23 25% R$ 1300,00
    Duro/riado 25% R$ 1240,00
    Rio com 20% R$ 1160,00
  • Indicadores
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    Cepea Arábica R$ 1249,80
    Cepea Conilon R$ 1146,66
    Agnocafé 22/23 R$ 1320,00
  • Linhares
    Descrição Valor
    Conilon T. 6 R$ 1162,00
    Conilon T. 7 R$ 1154,00
    Conilon T. 7/8 R$ 1146,00