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Alerta: Produção de café arábica brasileira vai ser uma surpresa


Por José Roberto Marques da Costa

O volume de negócios desta sexta-feira atingiu 22.124 lotes, 10.233 lotes a menos do que quinta-feira, devido ao feriado na segunda-feira quando teve volatilidade de 9,20 cents. O julho fechou em leve alta de 0,25 cents a 361,00 cents, com variação de 7,75 cents, um da menores dos últimos meses, de 355,25 cents, o menor nível desde 15 de abril, a 363,00 cents, rompendo o primeiro suporte do dia em 357,10 cents e acumulando na semana perda de 4,65 cents. O volume de negócios em Londres atingiu 18.145 lotes, 2.828 lotes a menos que quinta-feira, quando teve a variação de US$ 150. O julho ficou em leve alta de US$ 3 a US$ 4.790/t, variando US$ 104, de US$ 4.705/t, menor nível desde 09 de abril,  a US$ 4.809/t, rompendo o primeiro suporte do dia em US$ 4.731/t, na semana acumula perda de US$ 75. A diferença de preço entre as bolsa ficou em  143,72 cents.

O mercado de café em NY e Londres fecharam em leve alta se afastaram da mínima do dia com os investidores reagindo às novas ameaças de Donald Trump, dessa vez contra a Europa a véspera de feriado na segunda-feira do "Dia do Memoria". Além da bolsa de NY e Londres se recuperarem   os rendimentos dos Treasuries diminuíram devido a preocupações com o crescimento e o Índice Dólar (DXY ) fechou em queda de 0,84% a 9,01 pontos, nível mais baixo em mais de duas semanas, deixando as commodities mais barata. Declaração do secretário do Tesouro, Scott Bessent, que que os EUA "podem fechar vários grandes acordos comerciais nas próximas semanas" ajudaram a melhorar o humor dos investidores, após o susto com a possível taxação de 50% sobre produtos europeus e à Apple a partir de junho.

O novo gráfico técnico da Ecomonies.com  afirma que o preço do café continuou a formar negociações negativas afetado pela estabilidade negativa repetida abaixo da resistência em 383,70 cents, além de atingir abaixo do nível de correção de Fibonacci de 23,6% em 371,10 cents, para sofrer perdas extras ao atingir 395,40 cents. Observe que a tentativa estocástica de atingir o nível de sobrevenda aumentará as pressões negativas na negociação, podendo sofrer perdas extras que podem começar em 351,20 cents e 339,20 cents.  Mas teve "uma pedra no meio do caminho" e a performance técnica deve uma mudança repentina quando estava operando abaixo de 356 cents, depois das  informações que Trump anunciaria taxa de 50% contra a UE, ameça iPhone gerando uma tensão global. Além de recuperar todas as perdas do dia fechou em leve alta e mercado com os indicadores técnicos fortemente sobrevendido.

O relatório da CFTC referente a 20 de maio mostram que os grandes fundos diminuíram suas posições compradas em 1.954 lotes e em 182 lotes suas posições vendidas, neste período a variação de julho passou de 376,35 cents a 369,30 cents, queda de 7,05 cents.  Os dados mostraram queda de 6,4% nas posições líquidas compradas dos grandes fundos. As posições abertas tiveram leve queda, passando 189.150 lotes para 185.782 lotes. Segundo os números apresentados, levando-se em consideração apenas as posições futuras os grandes fundos possuíam 25.895 posições líquidas compradas, sendo 34.524 posições compradas e 8.630 posições vendidas. No relatório anterior, referente a 13 de maio, eles tinham 27.668 posições líquidas compradas sendo 36.478 posições compradas e 8.812 posições vendidas. No resumo, 80% dos "tubarões" acreditam em mais alta e 20% em baixa.

Além do clima nos próximos meses, estamos entrando no inverno, a grande "briga" na mídia será sobre os números da safra deste ano do Brasil. Operadores avaliam a questão da disponibilidade diante de números diversos apresentados por entidades e tradings. Pela avaliação da Agnocafé durante esta semana indicam que a safra brasileira de café arábica vai ser uma surpresa muito desagradável, ficando bem abaixo das últimas estimativas de mercado, entre 35 a 40 milhões de sacas, o que poderá ter um reflexo direto no comportamento dos preços nos próximos meses, diante de uma demanda considerável de exportação e de um consumo relevante. Além da quebra de safra acima do esperado, outro fundamento importante para safra 2026, será o clima nos próximos 6 meses e tudo indica que não será muito diferente de 2024.

 Os comerciantes disseram que o impacto do mau tempo na safra brasileira de café arábica, que está em andamento, parece ter sido menos severo do que alguns esperavam. "As tendências recentes indicam que os preços estão recuando das altas quase recordes devido à melhora das expectativas para a safra brasileira (arábica), embora ainda se preveja uma queda", disse o analista do BMI.

Para Eduardo Carvalhaes, os preços orbitaram em patamares mais baixos, após expectativa de aumento na oferta e indicação de queda no consumo. No entanto, a produção ainda parece ser insuficiente para atenuar o movimento de alta das cotações, que ainda estão em patamares elevados. Mesmo as projeções mais otimistas da produção brasileira de café em 2025, apontam para um cenário tão apertado como o atual no novo ano-safra que começará em julho próximo. Nossos estoques de passagem no final de junho serão historicamente baixos, e os maiores números de produção lançados no mercado apontam para uma safra 2025/2026 com tamanho próximo ao da atual safra.

 A safra brasileira de café 2025/26 sofre com o impacto de fatores climáticos que têm levantado preocupações quanto à qualidade dos grãos, especialmente na produção do café arábica. A falta de chuvas nos meses de fevereiro e março afetou a maturação dos frutos, enquanto as precipitações tardias de abril derrubaram parte da produção no chão, comprometendo a bebida final.

Segundo o produtor e consultor em agronegócios Lúcio De Araújo Dias, que visitou lavouras no sul de Minas Gerais, o cenário é desafiador. “A falta de chuvas em fevereiro e março atrapalhou bastante a maturação e o café está bastante desigual e com bastante grãos verdes atrasando a colheita. Pelo que tenho observado as últimas chuvas derrubaram café no chão e com certeza esse café terá algum prejuízo de bebida e ainda uma baixa oferta de café cereja descascado e semi-lavados, geralmente associados a maior qualidade".

Outro ponto destacado por Dias é o impacto do avanço do conilon na dinâmica de mercado. Com uma safra recorde prevista para essa variedade, haverá mais concorrência no mercado interno, o que deve pressionar os preços dos cafés de menor qualidade. “Este ano diferentemente do ano passado teremos uma oferta maior de café conilon/robusta e com isso o café destinado ao mercado interno sofrerá uma concorrência maior e preços menores. Cafés bebendo riado e rio terão preços relativos menores que os cafés finos e extra finos. O início da colheita revela que os primeiros lotes de arábica ainda são escassos, enquanto os de conilon começam a ganhar volume. “Até agora a oferta de safra nova de arábica está baixa e de conilon e robusta começam a aparecer alguns lotes. A expectativa, portanto, é de uma safra marcada por desafios qualitativos.

A produção total de café no Brasil para o ano-safra 2025/26 (julho a junho) foi estimada em 65 milhões de sacas, segundo relatório divulgado nesta segunda-feira (19) pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). O volume representa um leve aumento de 0,5% em relação à safra anterior. A produção de café arábica está estimada em 40,9 milhões de sacas, o que representa uma queda de 6,4% frente à safra 2024/25. Por outro lado, o café robusta (ou conilon) deve alcançar 24,1 milhões de sacas, crescimento de 15% impulsionado por clima favorável.

Apesar do leve aumento na produção total, as exportações brasileiras de café devem recuar. A previsão do USDA é de embarques de 41,7 milhões de sacas em 2025/26, uma queda de 5,6% em relação à estimativa para o ciclo anterior. O consumo doméstico de café deve atingir 22,28 milhões de sacas em 2025/26. A USDA estima que os estoques finais totais para o ano comercial de 2025/26 chegarão a 1,68 milhão de sacas, alta 440 mil sacas ante estoques finais totais na safra 2024/25 em 1,24 milhão de sacas.

No Ano Comercial (AM) 2025/2026, a produção de café colombiano deverá diminuir 5,3%, para 12,5 milhões de sacas, principalmente devido às fortes chuvas. Como resultado da menor produção, as exportações de café colombiano deverão diminuir ligeiramente  para 11,8 milhões de sacas GBE. As importações de café para a safra 2025/2026 devem aumentar 34%, para 1,5 milhão de sacas, para atender à demanda do consumo interno, enquanto a produção de café colombiana provavelmente continuará priorizando os mercados de exportação. O consumo de café deverá permanecer em 2,2 milhões de sacas. Os estoques finais estão previstos para uma leve queda, chegando a 458.000 sacas de cafe.

O USDA está prevendo maiores colheitas para os dois maiores produtores da Ásia, Vietnã e Indonésia, para a safra 2025/26, depois de um ciclo anterior apertado devido a problemas climáticos que afetaram as plantações de café robusta nessas regiões. O relatório anual trouxe uma revisão positiva para a produção do Vietnã, subindo 6,9% em relação à 2024/25, para 31 milhões de sacas. No caso da Indonésia, a produção de café deve ser 5% maior no ciclo 2025/26, alcançando 11,3 milhões de sacas. As exportações também devem acompanhar esse ritmo positivo, com previsão de alta de 7%, totalizando 6,5 milhões de sacas. 

Para o analista do Vietnã Nguyen Quang Bing, os preços futuros do café em ambas as bolsas fecharam a sessão de fim de semana ligeiramente em alta. Depois de cair para US$ 5.705 para o robusta e US$ 355,25 para o arábica, que foram mínimas de mais de um mês a um mês e meio atrás, os preços se recuperaram muito ligeiramente graças a uma queda acentuada no índice USD/DXY. Este índice quando fechou estava em torno de 99 pontos, em comparação com 99,84 pontos do dia anterior.

 O índice do dólar DXY fechou perto de 99 pontos, em seu nível mais baixo em mais de duas semanas, depois que o presidente Trump ameaçou impor tarifas de 50% à UE. Se confirmada, a medida reduziria a demanda por produtos da principal região exportadora para os Estados Unidos e limitaria o fluxo de dólares. No entanto, a ameaça alimentou preocupações sobre as políticas comerciais agressivas e imprevisíveis de Trump, o que contribuiu para que os mercados doméstico e internacional se afastassem dos ativos denominados em dólar, levando as moedas, ações e títulos europeus e asiáticos a superar as moedas, ações e títulos dos EUA neste mês. É isso também que vai abalar os preços nas bolsas financeiras num futuro próximo.

No link abaixo m ótimo artigo da Perfect Daily Grind "Definitivamente os novos preços mais altos vieram para ficar"

http://www.agnocafe.com.br/noticia?id=65258

Ótimo Final se semana

Comentarios

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Data: 25/05/2025 14:00 Nome do Usuário: Fábio
Comentário: Segura produtor POR AGORA PRA FRENTE É SÓ PRÁ TRÁS!KKKK PREÇO LADEIRA ABAIXO. PODE ESCREVER
Data: 24/05/2025 22:58 Nome do Usuário: Fábio
Comentário: Surpresa boa com certeza.Sou produtor e o rendimento aqui é 15% melhor que esperado com boa peneira
Contrato Cotação Variação
Julho 361,70 + 0,70
Setembro 359,45 + 0,75
Dezembro 355,50 + 1,00
Contrato Cotação Variação
Julho 4.696 - 94
Setembro 4.692 - 94
Novembro 4.670 - 90
Contrato Cotação Variação
Julho 452,70 0
Setembro 445,00 + 0,90
Dezembro 435,10 + 2,45
Contrato Cotação Variação
DXY 99,44 + 0,59
Dólar 5,6530 - 0,40
Euro 6,4070 - 0,83
Ptax 5,6539 - 0,14
  • Varginha
    Descrição Valor
    Moka R$ 2620,00
    Safra 23/24 20% R$ 2640,00
    Peneira14/15/16 R$ 2760,00
    Duro/riado/rio R$ 2350,00
  • Três Pontas
    Descrição Valor
    Safra 23/24 15% R$ 2650,00
    Certificado 15% R$ 2700,00
    Duro/riado/rio R$ 2280,00
    Miúdo 14/15/16 R$ 2750,00
  • Franca
    Descrição Valor
    Cereja 20% R$ 2670,00
    Safra 23/24 15% R$ 2650,00
    Moka R$ 2620,00
    Duro/Riado 15% R$ 2420,00
  • Patrocínio
    Descrição Valor
    Safra 23/24 15% R$ 2650,00
    Safra 23/24 25% R$ 2630,00
    Peneira 17/18 R$ 2870,00
    Rio com 20% R$ 2300,00
  • Garça
    Descrição Valor
    Safra 23/24 20% R$ 2640,00
    Safra 23/24 30% R$ 2620,00
    Duro/Riado 20% R$ 2350,00
    Escolha kg/apro R$ 32,00
  • Guaxupé
    Descrição Valor
    Safra 23/24 15% R$ 2650,00
    Safra 23/24 25% R$ 2630,00
    600 defeitos R$ 2550,00
    Duro/riado 25% R$ 2400,00
  • Indicadores
    Descrição Valor
    Conilon/Vietnã R$ 1650,00
    Cepea Arábica R$ 2478,07
    Cepea Conilon R$ 15225,76
    Agnocafé 23/24 R$ 2650,00
  • Linhares
    Descrição Valor
    Conilon T. 6 R$ 1590,00
    Conilon T. 7 R$ 1570,00
    Conilon T. 7/8 R$ 1550,00